quinta-feira, 26 de julho de 2012

O Seu

Então, eu sei que é um emaranhado de situações, de pernas e de fios de cabelo. São sombras, cores, cheiros e lembranças que são perpétuas na minha memória. Mas compreenda que estou nesta vida porque gosto, e gosto muito.
Mas não gosto apenas de me perder por aí, jogar garrafas de cerveja nos muros da Paulista e depois correr como um menino de quinze anos. Não gosto apenas de me envolver com novas bocas a cada bar, a cada esquina, como homens de trinta e poucos.
Eu gosto muito dessa sensação de falta (e que não é ausência) que você me faz. Gosto de ver uma foto sua, olhar pro seu ombro despido e lembrar da sua textura, da sua temperatura. Gosto de ver suas curvas de longe e imaginar minhas mãos passando suaves por entre cada dobra.
Gosto de sentir vontade de chorar ao ouvir uma canção inoportuna, gosto da sensação de surpresa ao convidar você (ou ser convidado) pra sair e ter que imaginar qual será o seu vestido novo e se haverá um toque ou um beijo a mais.
Dá pra ficar citando aqui tudo que eu gosto, e tudo que eu sinto falta e tudo que eu mato a saudade com um segundo em que você chega perto de mim e eu consigo sentir seu cheiro. O cheiro característico da essência que tá aí dentro, e que embalagem nenhuma vai tirar. O cheiro que eu amo, e amo de verdade, porque sei que tem uma mistura de mim mesmo.

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